Nave Drassa retorna aos palcos pós-pandemia

          É com imensa alegria que anunciamos que retornaremos aos palcos depois de mais de dois anos sem apresentações presenciais.

        O retorno da Nave Drassa aos palcos será nos dias 15 e 16 de abril, às 20 horas, no Casarão das Palmeiras, em São Francisco do Sul.

Fundação Catarinense de Cultura e (in)Constante Arte Independente apresentam: lançamento do espetáculo cênico musical "Planeta Lixo", da banda francisquense Nave Drassa. 

A Nave Drassa apresenta ao público seu novo show, "Planeta Lixo", no Casarão das Palmeiras, em São Francisco do Sul - SC. Serão realizadas quatro apresentações na sede do Instituto Babaétoungá, o Casarão das Palmeiras: duas destinadas ao público de escolas públicas do município (13 e 14/04)  e outras duas destinadas ao público espontâneo (15 e 16/04). As apresentações, seguidas de debates com o público, acontecem às 20 horas e são de acesso gratuito, sendo que a apresentação do dia 16, sábado, contará com acessibilidade de conteúdo com a participação de interprete de libras. 

Em "Planeta Lixo" a banda traz à tona questionamentos fundamentais para a continuidade da humanidade no planeta terra, buscando provocar a reflexão sobre a importância das escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia, ao longo da vida, e suas consequências, para nós mesmos e para o planeta.         Em cena, uma montanha de resíduos é utilizada para construir um cenário arrojado, de onde saem os artistas, também vestidos com figurinos feitos de lixo, num mimetismo que ajuda a dar ao público a dimensão das questões que estamos tratando. 

Criada em 2016, a banda tem na miscigenação sua peça chave: o hibridismo entre diferentes linguagens artísticas, culminando numa música autoral que se utiliza dos recursos das artes cênicas, da performance e das artes visuais para comunicar conteúdos urgentes. Fazem parte da banda os multi-instrumentistas Kelwin Grochowicz, Tiago Constante e Mario Negreth, e a cantora, atriz e dançarina Fabiana Ferreira. Contam ainda com a direção de arte de Jeanine Rhinow.

        Os ingressos podem ser retirados no local até a hora da apresentação. Há limitação de ingressos devido à lotação da sala de espetáculos. Na entrada para o espetáculo, será solicitado ao público que apresente comprovante de vacinação (mínimo 2ª dose) e que utilize máscara de proteção contra a COVID-19. 


O QUE

        Temporada de lançamento do espetáculo cênico musical "Planeta Lixo", da banda francisquense Nave Drassa. 


QUANDO

        Sexta e sábado, 15 e 16 de abril, às 20 horas.


ONDE

        Na sede do Instituto Babaétoungá, o Casarão das Palmeiras, que fica na Alameda Ipiranga, 88. São Francisco do Sul - SC.


QUANTO

        Entrada gratuita. Ingressos limitados: retire no local. Chegue cedo e garanta o seu ingresso. 


ACESSIBILIDADE

        O local conta com rampa de acesso e banheiro adaptado para cadeirantes e pessoas com necessidades especiais de locomoção. A apresentação do dia 16, sábado, contará com acessibilidade de conteúdo com a participação de interprete de libras.

        Para mais informações, siga as páginas da (in)Constante Arte Independente e da Nave Drassa nas redes sociais.

        Projeto financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, através da Fundação Catarinense de Cultura. Realização (in)Constante Arte Independente. Parceiros: Instituto Babaétoungá, 2k Estúdio e Ahau Sonorização.

Websérie "Surfemúsica: a arte do surfe"




A websérie é baseada no meu álbum "Surfemúsica: a arte do surfe", e na pesquisa "A Cultura Surfe e o Tempo", iniciada no processo de criação do disco - em 2009 - e em constante desenvolvimento até os tempos atuais.

Episódio 01 - "A Cultura Surfe e o Tempo" - Faremos uma viagem no tempo para mostrar as origens da cultura do surfe ao longo dos tempos. Dos ancestrais incas e polinésios ao surfe entretenimento contemporâneo, como o surfe, a arte e as sociedades se relacionaram e se relacionam até hoje. 

Episódio 02 - "Som Chico do Surfe" - Neste episódio, a viagem temporal será pela história do surfe e das artes em nossa cidade. Os pioneiros e descobridores das ondas e que transformaram São Francisco do Sul em uma "surf city". As relações entre os artistas e surfistas da cidade ao longo do tempo. 

Episódio 03 - "Surfistas Artistas" - O último episódio será dedicado aos surfistas que enveredaram pela arte e artistas que enveredaram pelo surfe. 

Episódio 04 - "Praia da Saudade" - Este episódio falará sobre o filme de curta metragem "Praia da Saudade", feito em 2012. Processo de criação e execução, curiosidades e depoimentos de integrantes da equipe e elenco.


Tiago Constante apresenta: "Surfemúsica: a arte do surfe", em live do edital #SCulturaemSuaCasa

Dia 17/10, às 20 horas, no canal do Youtube do Surfemúsica!


Surfemúsica: a arte do surfe é desenvolvido pela (in)Constante Arte Independente.


Esta live foi contemplada no edital #SCulturaEmSuaCasa, promovido pela FCC - Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina.


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Você tem ideia de quantos músicos incríveis tem em Curitiba? E pode imaginar como o covid-19 tá afetando quem trabalha com música? O #CrieEmCasa nasceu pra incentivar e continuar remunerando os músicos que fazem parte do projeto Vale da Música e tantos outros instrumentistas incríveis de Curitiba, mesmo nesse momento de isolamento. Queremos contar a história dessa galera pra vocês e mostrar o que eles andam criando dentro de casa. Multi é uma palavra que serve muito bem para descrever Tiago Constante. Músico, compositor, instrumentista, cantor, artista gráfico, cineasta, webdesigner, produtor cultural, cinegrafista, editor, sonoplasta, ator, instrutor são algumas das atividades que este cara vem fazendo nos últimos 20 anos. Musicalmente falando, mostra-se também multi. Transita entre diferentes instrumentos: violão, guitarra, violão de 12 cordas, violão slide, contrabaixo, violoncelo, percussões, teclado, disco soador, além de instrumentos não convencionais. Se o assunto for estilo de música, adivinhem: ele já tocou de quase tudo um pouco! Do blues e rock, sua escola musical, Tiago sempre buscou ampliar suas fronteiras musicais. Em suas mais de 200 composições, faz incursões a uma infinidade de estilos musicais: baladas, mpb, ritmos nordestinos, ritmos afros, sonoridades orientais e música contemporânea fazem parte do seu repertório. Neste vídeo, Tiago Constante apresenta um improviso no violão slide, que ficou registrado como "Green Bus Blues". #CrieEmCasa #ValeDaMusica #MusicaInstrumental #FiqueEmCasa #EmCasa #SejaResponsavel #MusicArtists #MusicLife
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NAVE DRASSA - 12 SEMANAS 12 PEDRADAS



A Nave Drassa prepara para os meses de maio, junho, julho e agosto o lançamento de uma série de 12 videoclipes das músicas que compõem seu show cênico musical "PEDRADA". 

A banda tem na miscigenação sua peça chave: a mistura entre linguagens artísticas, com os recursos das artes cênicas; de estilos musicais, indo das diversas vertentes do rock e blues aos ritmos africanos, latinos, orientais e regionais brasileiros; de texturas, com a inclusão de instrumentos como violoncelo, junto aos violões, baixos e guitarras distorcidas e sintetizadas, tambores latinos e chocalhos indígenas, ainda encontrando espaço para um sino cristão e um disco soador transcendental. 

Fazem parte da formação atual da banda os artistas: Tiago Constante, Kelwin Grochowicz, Jeanine Rhinow, Fabiana Ferreira e Mario Negreth.

Apesar de ser uma banda relativamente nova, com um pouco mais de 2 anos de formação, seus integrantes tem longa vivência artística: Fabiana Ferreira é atriz, bailarina, produtora cultural, acrobata e cantora com quase 30 anos de carreira; Jeanine Rhinow é atriz, coreógrafa, figurinista, escritora, diretora de teatro, produtora cultural e cantora há quase 30 anos; Mario Negreth é músico, compositor, percussionista e bonequeiro há quase 40 anos; Tiago Constante é músico, compositor, escritor, produtor cultural e audiovisual há 20 anos; e Kelwin Grochowicz é músico, compositor, engenheiro de áudio, produtor musical e audiovisual há cerca de 15 anos.

Os clipes foram gravados no Cine Teatro X de Novembro, em São Francisco do Sul, em novembro de 2018. Será lançada uma música por semana, nas terças-feiras à tarde, entre os dias 28 de maio e 13 de agosto.





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Nave Drassa lança clipe da música "Cidadão de Bem"

É com enorme prazer que apresentamos nosso novo clipe: "Cidadão de Bem".

A música faz parte do repertório do nosso show "Homem Nu", que traz ao público canções que expõem diversas feridas do ser humano como indivíduo e sociedade. A Nave Drassa é uma banda de guerrilha poética. Som, imagem e movimento.

Em "Cidadão de Bem", tecemos duras críticas à hipocrisia de uma sociedade que se diz "de bem" mas que não pratica o bem a quem pensa diferente. Com ênfase no desrespeito às liberdades individuais, à homofobia, ao genocídio indígena e à cegueira generalizada que tomou conta do panorama político nacional, "Cidadão de Bem" é um grave retrato do nosso mundo.

Os tempos estão cada dia mais difíceis. A cada dia que passa indígenas, negros, gays, lésbicas, transexuais são mortos, ofendidos, discriminados, demonizados, ridicularizados. Tudo em nome da "família". Cristãos que fazem de tudo, menos serem cristãos. Matam, agridem, xingam. Cospem no que o ser humano tem de mais importante: a liberdade. A liberdade de ser o que é, de exercer a sua cidadania no sentido mais amplo: de gozar da vida com respeito e dignidade. A liberdade de dar e receber o amor de forma livre, sem amarras. Nossa sociedade está cega de ódio. Um ódio construído. Manipulado. Desde a escalada de ideias fascistas ao poder, uma onda de intolerância eclodiu dos porões mais nebulosos de nossa história para as ruas.

O Brasil é o país que mais mata defensores dos direitos humanos no mundo. O Brasil é o país que mais mata LGBTQ+ no mundo. O Brasil é o país que mais mata indígenas no mundo.



Os textos que aparecem no clipe foram retirados da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento criado em 1948, após os horrores da II Guerra Mundial.

Assista ao videoclipe:



O clipe foi gravado em novembro de 2018, no Cine Teatro X de Novembro, em São Francisco do Sul, e foi inteiramente produzido pela Nave Drassa e contou com as parcerias: 2k Estúdio, [in]Constante Arte Independente e Veredas Audiovisual.

Ficha Técnica:

Artista: Nave Drassa
Música: Cidadão de Bem
Autor: Tiago Constante

Nave Drassa:
Jeanine Rhinow - performance
Fabiana Ferreira - sino
Mario Negreth - disco soador
Kelwin Grochowicz - contrabaixo 5 cordas
Tiago Constante - violão 12 cordas e voz

Direção Geral: Tiago Constante
Direção de Arte: Nave Drassa (coordenação Tiago Constante & Fabiana Ferreira)
Direção Musical: Nave Drassa (coordenação Tiago Constante & Kelwin Grochowicz)
Figurino: Nave Drassa (coordenação Jeanine Rhinow)
Cenário: Nave Drassa (coordenação Tiago Constante & Fabiana Ferreira)
Imagens: Veredas Audiovisual
Câmera: André Glenn Post
Áudio: 2k Estúdio
Edição: [in]Constante Arte Independente
Texto incidental: Declaração Universal dos Direitos Humanos - Link: https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.html

Letra da música:

"Cidadão de Bem" (T. Constante)

Eu tenho medo do cidadão de bem
Que não quer bem a ninguém

Só quer o bem de quem é da sua igreja
Se for diferente, logo apedreja

Fica horrorizado com um homem nu
Mas nem da bola pro Carandiru
Diz "Tá com pena de bandido? Leva pra casa!"
E se vê um casal gay, logo extravasa seu ódio

Eu tenho medo do cidadão de bem
Que não quer bem a ninguém

Diz que defende a família
Mas é o primeiro a bater na sua filha
Quando resolve namorar a filha de um outro cidadão de bem

Diz que "Dois iguais não fazem nenêm"
E "Assim diz Deus" e depois "Amém"
Eu tenho pena do cidadão de bem que não quer bem a ninguém
Eu tenho medo do cidadão de bem que não quer bem a ninguém

É contra corrupção, bate panela
Não quer aborto, mas quer favela
Programa social é dar esmolas
E não quer que se pense nas escolas

A liberdade serve só para xingar no Facebook.

O Homem Nu (Não Pode!)


ARTE NÃO É PORNOGRAFIA!

LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

PROIBIR A EXIBIÇÃO DESTE VÍDEO É CENSURA!




Este vídeo foi postado originalmente na plataforma Youtube, atingindo uma marca de mais 16 mil visualizações em 4 meses, até ser denunciado por causa da minha nudez, que é (obviamente) um protesto.

É hipocrisia da nossa sociedade em condenar um artista que expõe sua nudez, enquanto idolatra pessoas que fazem apologia ao estupro, o desrespeito às diferenças. Se esconde atrás de um falso moralismo, de moral e bos costumes, de defesa da família.



Tudo falso, tudo errado!



Confira o clipe de Blues pra Terra



Alucinação? Loucura? Viagem? Ou Solidão?




Ficha Técnica:
Roteiro, Direção, Imagens, Montagem, Edição & Animações: Tiago Constante;
Imagens adicionais: Elisa Bonamigo & Internet;
Mixagem: Kelwin Grochowicz (2k Estúdio);
Produção:(in)Constante Arte Independente.

Assista ao clipe de Sonhos Bons

Acaba de sair do forno o 3º clipe do Ep Das Antiga. A música da vez é a segunda faixa do álbum, Sonhos Bons

Confira a entrevista com Tiago Constante que saiu no Grito Coletivo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016



Tiago Constante: Pedrada na vidraça

Há quase 20 anos na arte São Chicana, Tiago Constante é o camaleão da nossa cena. Aquele que vai fundo, passeia sem medo de um estilo a outro, experimenta e se transforma naquilo que vira em cada coisa que faz. Artista completo, pois além de músico (guitarrista) e compositor, é ativo no que diz respeito às frentes que transformam, para melhor, nossa cultura. E ainda arruma tempo pra produzir e editar os próprios videoclipes e já produziu um curta-metragem. Na vanguarda da arte São Chicana, lançou em 2015 o EP Das Antiga, que já está na segunda tiragem. Ainda em 2015 teve outro ponto alto com uma grande apresentação no festival “Não Vai Ter Coca” (NVTC). Ele inicia o ano com novidades e nos conta o que pensa a respeito da sua arte e da nossa cena. Por Paulo Reis.

[Grito Coletivo] Você lançou seu primeiro EP no início de 2015, o que mudou de lá para cá?
[Tiago Constante] A produção do Das Antiga foi um processo longo e cansativo, visto que eu resolvi assumir a maior parte das funções. Claro que nunca se faz um disco sozinho, e tive parceiros que me ajudaram em diferentes partes do processo. Desde a composição e arranjos, passando por gravar a maioria dos intrumentos (só não gravei bateria porque não sei tocar rsrs), encarte , site, clipes. Enfim, cada tarefa dessas exige muita dedicação e parece que nunca vai ficar pronto. Gostei bastante do resultado sonoro e estético do disco, e a resposta do público também tem sido bem positiva.

Capa do EP Das Antiga (2015)
[Grito Coletivo] No período de pré-lançamento do seu disco, eu escrevi um texto falando que você é o grande e talvez o único músico que imprimiu os elementos naturais e culturais da ilha/praia nas composições, na história da música francisquense, você concorda? 
[Tiago Constante] Bom, eu vejo que essas referências aparecerem na minha música é uma coisa natural, visto que representa a minha vivência, então não teria nem como ser de outra forma. Eu considero inclusive que estas influências estão bem discretas, em função da escolha do repertório mais voltado pro blues. Quem me conhece a mais tempo sabe que tenho uma parte das composições com uma linha bem voltada para o som de praia. Eu não sou dos mais conhecedores da história musical de São Chico mas olhando as músicas que vem sendo produzidas nos últimos anos na ilha, temos algumas referencias bem explicitas à cidade e ao mar.

[Grito Coletivo] O seu EP foi um dos poucos materiais prensados até hoje na cena autoral São Chicana, como analisa hoje a façanha?
[Tiago Constante] Eu acho que foi um processo natural. Até gravar o Das Antiga, eu achava que ja tinha gravado ‘varios discos’. Mas na verdade, tinha só registrado diversas canções de forma caseira, por mais completos que ja fossem os arranjos, a qualidade das gravações era muito baixa. E mesmo nesses trabalhos eu já pirava nas capas e artes graficas. Mas tudo em casa. Quando resolvi finalmente ir para estudio e comecei a ver a diferença de resultado, foi natural que eu quisesse dar este salto de qualidade também na estética do disco e o CD físico fazia parte dessa evolução. Acabei optando por fazer uma tiragem pequena de 100 cópias, que foram vendidas/distribuídas em alguns meses. Agora estou na segunda tiragem, com alguns pontos de venda em São Chico. Eu não considero isso uma façanha, acho que é o caminho natural, mas que muitos não tem a persistência pra chegar no material prensado do jeito que tem que ser, visto que é bem trabalhoso e tudo é custo. Mas vejo também que isso serviu de incentivo pra outros artistas fazerem, cada um na sua maneira, o registro do seu som. No final das contas é isso que importa: o disco é um registro definitivo, palpável, real. Poucas vezes eu fiquei tão eufórico na minha vida quanto quando chegou a camionete da transportadora trazendo a minha primeira caixa de CDs. Fiquei alucinado, joguei um monte de discos sobre a mesa e comecei a fotografar, abri alguns pra ver se tinham vindo tudo certinho. Foi bem louco.

[Grito Coletivo] Seu processo criativo mudou de lá pra cá?
[Tiago Constante] Eu acho que o processo continua o mesmo: primeiro a inspiração, depois a transpiração. Na verdade eu acabei dando uma mudada de foco, porque junto com o disco veio a ideia de fazer clipe de todas as músicas, o que me levou para o audiovisual e animações. Foi outro processo muito enriquecedor como artista. Eu gosto desse lance de não se manter restrito a uma linguagem. No final das contas, me faltou pique para finalizar dois dos quatro clipes. Mas no meio dessas andanças acabei criando alguma coisa aqui outra ali. Agora, depois de um merecido descanso, estou voltando aos poucos a desenhar os próximos passos.

[Grito Coletivo] Você foi um dos poucos artistas francisquenses a se apresentar no Festival “Não vai ter coca” (NVTC), que já é considerado por muitos, um dos mais importantes na região norte e sem dúvida o maior e mais importante da cidade, tocará na segunda edição e qual o resumo da participação no primeiro?
[Tiago Constante] Foda. Muito foda. Essa é a denominação perfeita pra dizer o que foi o NVTC pra mim. Foi sem qualquer sombra de dúvida o melhor público que já toquei na vida. Pessoas interessadas em conhecer coisas novas, em celebrar a vida e a arte. Eu estou acostumado a ver as pessoas pirarem me ouvindo tocar Hendrix ou Floyd, mas ver as pessoas pirando no teu som é bom demais. Quando tu consegue tocar alguem com a tua música, tudo se encaixa. Tem o prazer de criar, lapidar, gravar, ensaiar. Mas o objetivo final é alcançar o ouvinte e tocar a alma dele. E isso é muito difícil de se fazer ao vivo, com música autoral. Principalmente quando se está tocando em bar. O público dos bares infelizmente não está interessado, salvo excessões, em conhecer som novo. Ele quer ouvir o Raul, a Janis, o Elvis, a Legião. Então quando o artista encontra um público que nunca te viu nem ouviu, mas que está sedento por conhecer o teu som, é sublime. Este ano creio que deva rolar uma abertura maior para as atrações locais e espero que tudo corra bem até lá e eu possa ter o prazer de subir mais uma vez naquele palco.

[Grito Coletivo] Você sempre esteve muito conectado e ativo nos principais movimentos musicais da cidade, continua engajado e qual a importância deste envolvimento do músico com a gestão?
[Tiago Constante] Eu penso que é fundamental no desenvolvimento do artista se envolver com o fazer cultural da sua cidade. Ajuda a compreender como o mercado funciona. Tem que meter a mão na massa e dar a cara a tapa. Depois disso o artista pode optar por continuar encabeçando e se envolvendo ou ficar mais na retaguarda. Lidar com poder público é muito difícil. Tudo tem um tempo e vontades estranhas e não lógicas (dentro da lógica do artista, claro) que acabam minando a vontade de fazer alguma coisa pela cena. Aqui em SãoChico temos uma fudeção (opa fundação) cultural que engessa todo o fazer artístico da cidade. Temos um conselho ficticio de cultura, não temos lei de incentivo à cultura. Isso dificulta bastante o diálogo com o poder público. Mesmo a Festilha, que deveria ser o principal palco para os nossos artistas, é uma palhaçada. Não tem um critério para escolha de quem vai tocar e o nome das bandas não sai na programação oficial. Ano passado até a última semana as bandas não sabiam que dia iriam tocar. Isso torna inviável uma divulgação decente para o público dos artistas francisquenses. Enfim, se formos botar na ponta do lápis todos os problemas gerados pela falta de comprometimento dos gestores públicos com a cultura São Chicana não sairemos nunca mais desta pergunta hehe (rindo pra não chorar).

Tiago no 2K Estúdio.
[Grito Coletivo] Você faz parte da geração de bandas/artistas que começaram a tocar no ano 2000, as coisas ficaram mais fáceis desde lá?
[Tiago Constante] Ficou mais fácil por um lado, com todas as tecnologias de gravação e meios de divulgação que as redes sociais nos trouxeram. Mas continua difícil atingir um público mais expressivo devido ao emburrecimento da grande massa, que consome o lixo que lhes empurram goela abaixo nas grandes mídias. E este acesso às grandes mídias continua restrito àqueles que se encaixam nessa pasteurização cultural que acontece desde sempre, mas que parece cada vez pior. Ou talvez eu esteja somente ficando velho e pense como meu bisavô pensava quando Chico, Gil, Caetano, Mutantes etc vieram quebrando paradigmas na cultura brasileira. Mas sem dúvida, hoje é muito mais fácil gravar uma música, um videoclipe com alta qualidade e divulgar entre os seus amigos e tocar as pessoas.

[Grito Coletivo] Qual a maior deficiência e a maior eficiência da música São Chicana?
[Tiago Constante] Acho que as maiores deficiências da música de São Chico são a falta de união entre os músicos, a falta de visão de uma cena mais coesa e mais comunitária, sem tantos egos e com mais profissionalismo; a falta de apoio por parte do poder público também dificulta as coisas, mas, se a cena fosse mais unida, eles não teriam como fechar os olhos e as coisas aconteceriam de outra maneira, como em Rio do Sul por exemplo. O que São Chico tem de bom, musicalmente falando, é a variedade de artistas que vêm se formando e cada vez mais enxergando a cadeia produtiva de outra forma, o que mantém a esperança de que um dia a cena realmente aconteça de forma mais organizada.

[Grito Coletivo] Ouvi por ai que já está em pré-produção um novo disco, é verdade?
[Tiago Constante] Sim, eu estou na reta final da pré-produção do meu segundo disco, que vai se chamar “Pedrada na Vidraça”. Pretendo em breve começar as gravações destas sete faixas, que virão com uma boa dose de realidade e caos. No “Das Antiga” eu levei as músicas para um lado mais lúdico, com canções de amor e um pouco de filosofia nas entrelinhas. Neste álbum vai ser tudo na cara do ouvinte. Só não vai entender o recado quem não ouvir. Sem meias palavras, nem papas na língua. Musicalmente falando, também vai ser um disco mais abrangente que o primeiro. Vou ter desde alguns sons mais funkeados, outras com um peso maior nas guitarras, algumas psicodelias e levadas mais progressivas. Nas letras, algumas abordagens mais bem humoradas e sarcásticas e outras totalmente desprovidas de humor, bem dedo na ferida. Estou bem curioso para ver o resultado desta nova jornada que está se iniciando agora e ainda deve levar pelo menos um ano para chegar aos ouvidos do público.

Frame da animação do clipe de Hoje não tem canção.
[Grito Coletivo] A fusão de blues/rock/surfmusic e estes elementos citados na pergunta nº2 ainda são o foco no seu trabalho?
[Tiago Constante] Como estava falando antes, neste disco haverá uma mudança de foco, mais voltado para os problemas que nós causamos a nós mesmos e ao planeta. Mas sempre terei como influências estes gêneros musicais e estes elementos. Muito provavelmente o meu terceiro disco será mais direcionado para esta estética. Eu tenho diversas canções prontas, só esperando ter o tempo e o dinheiro para virar um disco em homenagem ao mar e ao surfe, que são partes fundamentais de quem sou. Mas agora o foco está voltado para o ser ‘humano’.

[Grito Coletivo] Quais os objetivos para 2016?
[Tiago Constante] Gravar o Pedrada, dar aulas, tentar colocar este novo projeto também no palco. Espero que 2016 seja também um ano de muito estudo. Essa é uma das minhas metas para este ano. Melhorar minha performance e adquirir mais conhecimentos e diversos aspectos da música. Teremos também o NVTC em maio, que pretendo fazer parte desta celebração ao fazer artístico. E que seja um ano de muita música.
Gostaria de agradecer ao Grito Coletivo, do qual me orgulho de fazer parte como artista e como apoiador, e fazer votos para que os artistas da cidade possam enxergar melhor as engrenagens deste mercado musical, e ver que cada um por si se chega a um patamar, mas todos pela cena nos eleva a outro nível. Que 2016 seja um ótimo ano para a cultura São Chicana!!!



Contato
47 96517763
tiago_constante@hotmail.com

Tiago Constante no 2k Live Sessions

Saiu o meu primeiro vídeo do #2kLiveSessions. A escolhida foi Sonhos Bons, segunda música do Das Antiga, em versão acústica e reduzida


Novo clipe de Tiago Constante será lançado em maio.

A música escolhida foi Hoje não tem canção, faixa que encerra o disco. 

O segundo clipe do Ep Das Antiga, tem como tônicas a melancolia e a solidão, em meio a uma paisagem soturna e abandonada.

A data do lançamento será o dia 13 de maio, às 4:20 da tarde, no Facebook do artista. 



Vem aí o Ep Das Antiga - Teaser 03 - Relógio

Entramos na contagem regressiva para o lançamento do Ep Das Antiga, de Tiago Constante

A data escolhida é o dia 13 de janeiro e o horário às 4:20 da tarde. 

Confira agora o último vídeo promocional: O Relógio.

TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC


Sonhos bons na Atlântida Joinville 104.3 FM

Nesta quarta dia 19/11 foi o lançamento do single Sonhos Bons na Rádio Atlântida FM.

Estive no programa Sucesso Total com os comunicadores Jhonatan Marques e Cris Kerber para falar um pouco da minha jornada até agora e sobre os planos futuros. 

A música agora entra na programação do Paredão Atlântida, que é o espaço para novos artistas.  

Agradeço a toda equipe da rádio, que me recebeu super bem, em especial à Ju Pamplona e ao Anderson Mabel, além é claro do Jhonatan e a Cris que me deixaram super à vontade no estúdio. 

Então fiquem ligados no Paredão Atlântida, que rola de segunda à sexta, às 10 da manhã e às 3 e meia da tarde, que a música pode rolar a qualquer momento!!! 

104.3 FM 

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Sonhos Bons - Ouça


Já está disponível a música Sonhos Bons, que faz parte do Ep "Das Antiga". O disco tem data de lançamento para o princípio de 2015.