Bio

Nascido no Rio Grande do Sul e criado na bela ilha de São Francisco do Sul (SC), gosto de me apresentar como sendo um artista com os pés no chão e as antenas ligadas nas coisas do mundo.

Sou o mais novo dos quatro irmãos Constante, desde criança desenvolvi uma sintonia com o mar. Durante boa parte da minha infância e adolescência dediquei minha vida às ondas e, particularmente, ao surfe.

Foram dez anos entre viagens de competições e treinos. Na minha parede acumulam-se troféus e medalhas. Na minha mente, bons e maus momentos, diferentes paisagens e muitas amizades conquistadas.

Na música, tive a boa sorte de ter perto dos ouvidos e dos olhos boas influências. Nos vinis de meus pais, nos violões, saxofones e guitarras dos meus irmãos, no bailar dos meus avós, tudo soava lúdico, mágico. Porém, foi a adolescência que me trouxe de vez para dentro da música: um grupo de amigos que sonhavam ter uma banda de rock e tocar nos palcos pelo mundo afora. Foi assim que o atleta foi dando passagem ao artista.

Foram vinte anos tocando: primeiro o violão, depois a guitarra, depois mergulhando de cabeça no abismo labiríntico que é a arte. No palco, descobri que poderia ser quem bem entendesse. O mocinho, o palhaço, o vilão, todos os meus egos estariam satisfeitos ali no picadeiro.

Da música ao audiovisual, foi uma questão de tempo. Primeiro escrevendo, roteirizando. Histórias, contos, crônicas, desabafos. Encontrei no papel, caneta e teclado um conforto que nenhuma outra conversa me dava. Ali conversava comigo mesmo, sem papas nas letras, sem medos nem receios.

Em um verão ensolarado, com um mar verde esmeralda, compús minha primeira obra audiovisual. Praia da Saudade é um filme de curta metragem que conta uma história de um amor de verão. Um filme suave e levemente melancólico, mas que permeia questões importantes como a insignificância do ser humano perante o universo e o paradigma metrópole versus paraíso.

Minha grande paixão sempre foi a composição. Desde os primeiros toques ao violão, sempre busquei criar minhas próprias melodias e temas. Minhas músicas retratam dores e amores, o lado belo da vida, o lado perverso do ser humano, bons encontros, belas paisagens e caos. Cada nota e cada palavra tem sua vez e lugar.

Desde as gravações feitas em fita cassete na virada do milênio, passando por uma enorme produção caseira com o advento das novas tecnologias de home studio, em 2014 finalmente entrei em estúdio para gravar meu primeiro EP, o "Das Antiga", lançado no início de 2015. Logo após, em 2016, veio a produção e o lançamento do LP "Pedrada na Vidraça", que marcou o início da banda Nave Drassa.

Em 2017, deu-se início uma nova parceria: a atriz e produtora Fabiana Ferreira, da Tecer Teatro, de Curitiba. Este encontro trouxe novos ares e perspectivas. Compor e operar trilhas sonoras para teatro, assim como me introduzir neste ambiente fantástico do teatro, que é sempre muito enriquecedor.

Em 2018, a Nave Drassa entrou em um novo ciclo: a produção de um espetáculo cênico musical. Com a presença de Fabiana e Mario Negreth, somando-se aos remanescentes da formação original, Kelwin Grochowicz e Jeanine Rhinow, estamos trabalhando para elevar a qualidade de absorção de conteúdo, através da mesclagem de linguagens artísticas, criando uma densa colcha de retalhos com críticas ácidas e muita alma.